Existem sempre muitas dúvidas acerca da política de licenciamento, para conexões clientes, estabelecida pela Microsoft em relação aos seus sistemas operacionais e demais serviços. É muito comum gerentes de TI ou mesmo sysadmins se confundirem sobre qual procedimento deve ser seguido para legalizar seu parque computacional Windows da maneira que mais se adapte ao seu cenário e necessidades.
Embora a maioria dos usuários domésticos desconheça o fato, numa rede de computadores baseada em servidores Windows, faz-se necessário a aquisição de CALs (Client Access License) para que a comunicação entre estações clientes (Windows 7, 8, 10…) e servidores (Windows Server 2008/2012/2016…) seja considerada legal. Este pequeno post visa explicar como o processo de licenciamento de CAL funciona na prática.
O que é uma CAL?
Para cada computador que opera como servidor, é necessário possuir uma licença de uso de servidor. Todos os dispositivos ou usuários de sua rede local que acessem servidores precisam de licenças de uso, as CALs (Client Access License) além da licença de Windows na estação de trabalho. Uma CAL não é um produto, mas sim um documento legal que dá ao dispositivo ou usuário o direito de acessar recursos no servidor (Ex: servidor de arquivos, impressão, banco de dados, etc..).
Exemplificando:
Se sua empresa possui 50 usuários que utilizam o Windows Server como servidor de arquivos, são necessárias 50 Windows Server CALs para que o cenário esteja devidamente regularizado. Se neste mesmo cenário, 20 dos cinquenta usuários também fazem acesso remoto ao servidor (WTS RDP), também faz-se necessário 20 Windows Server TS-CAL. Resumindo, nesta hipótese teríamos que adquirir: 50 CALs e 20 TS-CALs.
Vale ressaltar aqui que outros softwares servidores da família Microsoft também podem trabalhar com o mesmo conceito de CAL e quase sempre possuem particularidades. Apenas como exemplo deste grupo, podemos citar: Microsoft Exchange, SQL Server (que pode ser licenciado por core de processamento ou CAL de usuário), etc..
Por usuário ou dispositivo?
- CAL por dispositivo: onde é licenciada a estação de trabalho independente de quantos usuários vão acessar a rede (recomendada quando o número de usuários é maior ao número de máquinas na empresa – um Call Center, por exemplo);
- CAL por usuário: onde é licenciado o usuário, independente de quantos dispositivos utilizar para fazer o login (recomendado quando o usuário acessa o servidor através de seu desktop, notebook e smartphone, por exemplo);
Resumindo:
Todo dispositivo ou usuário conectado na rede precisa de uma CAL de acesso ao se ‘relacionar’ com o Windows Server. Se este mesmo dispositivo ou usuário também faz acesso remoto ao servidor, ele precisa adicionalmente de uma TS-CAL. Logo, quando adquiridas novas máquinas para expansão do parque computacional, em geral, será necessário aquisição também de CALs/TS-CALs Windows afim de compatibilizar o cenário.
A aquisição de licenças CAL ou TS-CAL podem se dar por contrato de volume ou então por kits de unidades na modalidade Open ou OEM (quando a licença está ligado ao hardware). Nos cenários em que existem mais de um servidor Windows mas todos ingressados no mesmo domínio de AD (Microsoft Active Directory), por vias de regra, não há necessidade de se licenciar os servidores individualmente. Pode-se levar em consideração o pool de servidores do domínio.
Uma outra opção é a sublocação de licenças, tanto do Windows Server (em que a CAL acompanha o pacote) quanto de TS-CAL. Se você ficou interessado neste modelo de licenciamento ou tem mais dúvidas sobre o tema, não deixe de entrar em contato conosco.
Este post foi baseado na FAQ sobre licenciamento da Microsoft. Para saber mais ou acessar a lista completa de perguntas e repostas, basta clicar aqui.